VAMOS APRENDER PORTUGUÊS BRINCANDO?



segunda-feira, 30 de abril de 2012

COMO SURGIRAM AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

OLÁ PESSOAL DO VERMELHO E LILÁS.
NO MÊS DE MAIO IREMOS ESTUDAR O GÊNERO LITERÁRIO: HISTÓRIAS EM QUADRINHO. POR ISSO ASSISTAM A ESSE VÍDEO COMO INÍCIO DAS AULAS. OK?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

QUERIDOS ALUNOS DO 7º ANO. NO MÊS DE MAIO, ESTUDAREMOS O GÊNERO LITERÁRIO: CRÔNICAS. PESQUISEM E ASSISTAM AO VÍDEO ABAIXO PARA SABER SOBRE O ASSUNTO:

Avaliação de português 7º ano- 1º bimestre



OLÁ COLEGAS, USEM À VONTADE, SE PRECISAREM

D1- Identificar um tema ou o sentido global de um texto  D2- Localizar informações explícitas em um texto  D3- Inferir informações implícitas em um texto  D19- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa  D13- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto D12- Estabelecer a relação de causa/consequência entre partes e elementos do texto. Reconhecer os deuses gregos e seus atributos.
D28- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

Texto 1
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições.
Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
                                  
QUESTÃO 1
Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
(A) às montanhas.
(B) aos vales.
(C) aos bosques.
(D) às matas.


            Lê o conto chinês que se segue com atenção e responde às questões com frases completas.

Texto 2                                              Um problema de interpretação




          Um homem rico de nome Ting possuía avultados bens, mas era avarento e pouco dado a inovações. Por isso não possuía um poço nas suas terras.
            Como a casa era grande e abundantes as tarefas domésticas, todos os dias um criado tinha de partir para muitas léguas de distância de molde a poder trazer, em quatro baldes suspensos numa vara rija que apoiava sobre os ombros, a água necessária para o serviço da casa.
            Em regra, a água chegava demasiado tarde para alguns desses serviços e, por outro lado, o homem evidenciava um estado de cansaço que acabaria por lhe roubar a vida. Foi então que Ting decidiu, apesar da contrariedade que a decisão lhe causou, mandar construir um poço nas suas terras.
            Quando, ao fim de algumas semanas, se deu conta das vantagens da medida que tomara, desabafou com uns amigos:
            — Foi a melhor decisão que eu podia ter tomado. Agora tenho água sempre que preciso e, mandando abrir o poço perto de casa, acabei por ganhar um homem.
            Prontamente, os amigos do rico Ting trataram de espalhar a notícia. Quando já era contada na terceira ou quarta versão, propagou-se a ideia de que, ao mandar abrir o poço, ele encontrara um homem vivo lá dentro.
            A versão foi-se enriquecendo de terra em terra, de boca em boca, multiplicando-se perguntas do género: “Mas quem é o homem encontrado no poço? Qual é a sua identidade? Como conseguiu sobreviver tanto tempo metida na terra?”
          Assim enriquecida com a imaginação de cada um que a contava com palavras suas, a história chegou aos ouvidos do imperador que mandou chamar Ting à sua presença para saber tudo sobre a misteriosa descoberta.
          Amedrontado na presença do imperador, Ting que, mesmo não se considerando culpado de um ato reprovável, sentia sobre os ombros o peso de uma estranha responsabilidade, explicou com a voz trémula:
          — Senhor, o que realmente aconteceu foi o seguinte: mandei abrir um poço nas minhas terras e, ao fazê-lo, poupei o esforço de um criado que todos os dias palmilhava muitas léguas para ir buscar a água de que a minha casa precisa. Por isso comentei com os meus amigos que, assim, acabara por ganhar um homem. Foi só isso que eu disse.
          O imperador sorriu, mandou-o de volta às suas terras e comentou para um dos seus conselheiros:
          — Quantas vezes sou forçado a tomar decisões a partir de histórias que se transformaram à medida que foram passando de boca em boca. Não há nada como ouvir quem, de fato, as viveu.
José J. Letria, Contos da China


1. Explique, com as suas palavras, a primeira frase do texto.

2. Que tipo de narrador aparece no texto?

3. Quais eram os inconvenientes do fato de Ting não ter um poço nas suas terras?
4.    A palavra “terras”, na linha 2, significa
a.    localidade, região, território;
b.    país, pátria;
c.    parte do solo que é possível cultivar.

5.   A palavra “terra”, na linha 18, significa
a.    localidade, região, território;
b.    poeira, pó;
c.    país, pátria.

6.      Que consequência negativa sucedeu devido à distância do poço que servia as terras de Ting?
7.     Apesar de contrariado, que decisão acaba por tomar Ting?
8.      O provérbio “Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.” pode ajustar-se a este conto. Por quê?
9.      Justifique o título dado deste conto. 

Texto 3

A Incapacidade de ser Verdadeiro

Há verdades que parecem mentiras e... mentiras que parecem verdades! O que é mentira?  Onde está a verdade? E onde ficam as invencionices da imaginação e da poesia?
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico.
Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
                                                                                                                                                             (Carlos Drummond de Andrade)
Interpretando o texto:

1) A narrativa poética da Carlos Drummond de Andrade apresenta as seguintes partes:

- Apresentação – parte inicial da história; momento em que os fatos começam a ser narrados e se apresentam as personagens.
- Complicação – parte em que se inicia a conflito da narrativa.
- Clímax – momento de maior tensão da história.
- Desfecho – parte final; conclusão da narrativa.

Use uma frase para resumir a parte do conto pedida.

a)Apresentação:
b) Clímax:

2) Paulo tem fama de mentiroso. Como se apresenta o mundo que ele imagina?
3) Percebe-se uma oposição na visão de mundo da mãe e do filho. Qual a visão de cada um?

4) Analise e explique o trecho: Há verdades que parecem mentiras e... mentiras que parecem verdades! O que é mentira? Onde está a verdade? E onde ficam as invencionices da imaginação e da poesia?

Texto 4
Pensar três vezes antes de falar qualquer coisa
Contou Maria Lima Rodrigues, de Itapetininga. Esta "estória" pertence à categoria das histórias de
exemplo, moralizantes. Parece ser o resumo de outra mais comprida, que ouvimos em Sorocaba, e de que
damos os pontos principais.

Enredo: soldado que vai servir o rei. Um ano depois, em vez de salário, recebe um bolo, para abrir só quando estiver com a família e aquele conselho. De volta, pede pousada numa casa, cujo dono lhe mostra a esposa enterrada até a cintura, mas ele nada pergunta, e, por isso, leva-o até uma sala cheia de armas, dando-lhe a melhor carabina. Explica-lhe: todos os que perguntaram matou-os confiscando-lhes as armas. A mulher estava sofrendo aquele castigo por ser linguaruda. Chegando em casa, o soldado abriu o bolo, e tilintaram muitas moedas de ouro que o rei ali fizera esconder. Era, de fato, um soldado obediente, mesmo depois de dar baixa... E merecia o pagamento.

Relembrando os elementos da narrativa, quais são os encontrados nesse conto?

a) Narrador (em que pessoa):

b) Personagens:

c) Espaço:

d) Tempo:
e)Resuma o enredo:
 
Texto 5
                                                                            Covardia

Passeavam dois amigos numa floresta, quando apareceu um urso feroz e se lançou sobre eles.
Um deles trepou numa árvore e escondeu-se, enquanto o outro ficava no caminho. Deixando-se cair ao solo, fingiu-se morto.
O urso aproximou-se e cheirou o homem, mas como este retinha a respiração, julgou-o morto e afastou-se.
Quando a fera estava longe, o outro desceu da árvore e perguntou, a gracejar, ao companheiro:
_ Que te disse o urso ao ouvido?
_ Disse-me que aquele que abandona o seu amigo no perigo é um covarde
                                                                   TAHAN, Malba. Lendas do céu e da terra. 23 ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.

O amigo que estava na árvore desceu por quê...
(    ) observou do alto um lugar melhor para esconder-se
(    ) viu que o urso já estava distante
(    ) queria ajudar o amigo a livrar-se do urso.
(    ) achou melhor também fingir-se de morto

Deuses

Nos primórdios da história da Grécia, houve muitos deuses locais. Cada deus matinha um vínculo com um lugar sagrado. Podia ser um recanto misterioso de uma floresta ou um lago tranqüilo. Aos poucos doze deuses tomarem os mais importantes, sobressaindo-se aos demais. No ano 750 a.C, Hesíodo escreveu a história desses doze deuses do Monte Olimpo. Cada deus tinha o seu símbolo. LIGUE CADA DEUS A SUA INFLUÊNCIA

Zeus -                                                              os mares
Hera -                                                               o mundo subterrâneo
Atena -                                                             a fertilidade da terra
Apolo -                                                             o ferreiro aleijado dos deuses
Ártemis -                                                          a sabedoria
Hermes -                                                          o céu e a justiça
Ares -                                                               o mensageiro dos deuses
Hefesto -                                                          o trabalho dos metais
Afrodite                                                          a caça, os partos
Posêidon                                                       a poesia, a música
Hades                                                            o casamento
Deméter                                                         o vinho
Dionisio -                                                         o amor

Texto 6
Há muitos séculos antes de Cristo, na Grécia antiga, histórias fantásticas de deuses, heróis e monstros eram contadas para ajudar a população a entender a origem do mundo, os fenômenos da natureza, a vida, a morte e outros mistérios. Foi assim que surgiram os MITOS. O mito da criação do Universo, por exemplo, conta que Urano (o Céu) e Geia (a Terra) se apaixonaram e, desse namoro, nasceram seres chamados TITÃS. Cronos, que comandava o tempo, era um deles. Como Urano era muito cruel, Geia pediu a Cronos que se vingasse dele. Cronos derrotou-o e Urano foi para o teto do mundo, onde está até hoje. No espaço entre o Céu e a Terra, brotaram as plantas e os animais e assim começou o Universo. Mas Cronos também se tornou malvado e até devorou os próprios filhos. Só um escapou: Zeus. Ele tomou o trono do pai, fez com que ele devolvesse seus irmãos e prendeu os titãs nas profundezas.
1.      O tempo nesse texto é chamado de tempo narrativo ou mítico? Por quê? 
2.      Podemos classificar o espaço descrito acima como espaço narrativo? Por quê?
Pessoas não se tornam especiais pelo modo de agir
Mas sim pela profundidade que
Atingem nossos sentimentos.

domingo, 15 de abril de 2012

AVALIAÇÃO

OLÁ MEUS AMADOS! 
NÃO SE ESQUEÇAM DA PROVA BIMESTRAL OK?
ESPERO QUE ESTUDEM MUITO E SE SAIAM BEM! BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOS

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sexta-feira 13 UHUHUHUHUHUHU!

Olá turmas queridas. Vamos olhar esse vídeo sobre lendas e festejar a sexta-feira 13? Espero que gostem!
Alaranjado, Bege, Lilás e Vermelho
Estamos estudando lendas no 7º ano e contos populares no 6º ano. Tudo veio em boa hora, não é?

terça-feira, 10 de abril de 2012

QUESTÕES SOBRE O FILME "O LADRÃO DE RAIOS"

 
 


Percy Jackson E O Ladrão de Raios

1 - Qual foi a cena que você mais gostou no filme?Descreva-a com detalhes e justifique a sua escolha.( mínimo 12 linhas )

2 - Qual foi o personagem que você mais gostou no filme?Descreva-o com detalhes e justifique a sua escolha.( mínimo 12 linhas )

3 - No filme há o uso de elementos da mitologia grega misturado a situações dos dias atuais,o que você achou disto?Explique a sua resposta.( mínimo 8 linhas )

4 - Havia alguma história ou personagem da mitologia que você já conhecia?Qual era?Era do modo como você imaginava?( mínimo 8 linhas )

5 - Avalie o filme e a atividade como um todo, destacando os seus pontos positivos e negativos.( mínimo 10 linhas )

domingo, 1 de abril de 2012

MITOLOGIA GREGA E MITOLOGIA ROMANA






AGORA ASSISTAM SOBRE A MITOLOGIA ROMANA


TAREFA PARA O 7º BEGE E ALARANJADO
VOCÊS DEVERÃO LER O TEXTO E RESPONDER NO CADERNO DE PORTUGUÊS PARA O DIA  10/04/12

A BELEZA DE NARCISO
Narciso era conhecido por todos da região como sendo o mais lindo jovem de toda a Grécia. Toda a sua aparência física, repleta de encantos, despertava paixões e admiração por onde quer que ele passasse.
Mas, quando uma jovem se aproximava de Narciso para declarar seu amor, era logo afastada com grande arrogância.
– Amor? – dizia Narciso rindo-se. Por que é que eu perderia o meu tempo com tamanha bobagem?
– Ah, Narciso! Quando se está amando, os dias tornam-se mais alegres e tão mais felizes! A vida ganha um colorido especial! – respondia-lhe a jovem apaixonada.
Vamos conhecer Narciso, um jovem de extraordinária beleza, que despertava paixões por toda a Grécia.
– Pois então, minha vida mais parece um arco-íris de tanto que amo! – suspirava o exibido. Aliás, de tanto que me amo, quero dizer!
Certa vez, chegou à região uma linda princesa que já havia andado por todo o mundo à procura de um homem realmente belo para casar-se com ela. Ordenou a seu criado que reunisse, no dia seguinte, todos os jovens que houvesse por ali.
– Já estou cansada de rodar pelo mundo em busca de um marido, mas nunca encontro um que mereça ao menos os meus pés – reclamava a princesa.
Na tarde combinada, vários jovens estavam indo ao encontro da princesa quando se depararam com Narciso.
– Nossa! Para que tanta euforia? E estas flores e presentes, para quem são? – perguntou.
– Ora, Narciso, hoje é o grande dia em que a princesa escolherá o futuro príncipe – respondeu-lhe um jovem esperançoso.
– Ah, é? Pois então eu vou com vocês e, quando essa tal princesa olhar para mim, vai ficar tão apaixonada que se esquecerá de todos os outros homens do mundo.
Assim que os interessados se apresentaram, a linda princesa aproximou-se. Olhou com desdém um por um. Notou, então, que havia um rapaz de costas que não tinha o menor interesse no que acontecia.
– Quem é você que se atreve a menosprezar minha reunião? – indagou irritada. Quando ele se virou e seus olhos a fitaram, um arrepio percorreu o corpo da princesa. Tinha descoberto, enfim, o homem de sua vida.
– Sou Narciso – disse apenas.
– De agora em diante, será o príncipe Narciso, meu marido.
Narciso levou até um susto.
– Está louca? Só estou aqui por curiosidade! Ou acha mesmo que uma belezura como eu, digno de viver no
Olimpo como um deus, vai se sujeitar a ser um mero principezinho?
A princesa, de tão arrasada, voltou a seu reino e casou-se com o homem mais humilde que encontrou.
A ninfa Liríope, mãe de Narciso, e o rio Céfiso, seu pai, começaram a se preocupar com as atitudes do filho.
– Narciso está tão arrogante e chato! Para que serve tanta beleza se ele tem um coração duro feito pedra? Vive maltratando as jovens que se apaixonam por ele! – dizia, inconformado, o pai.
– Tem razão, Céfiso – concordou Liríope. Narciso é tão insensível ao amor e às amizades que um dia desses os deuses se irritam e são capazes de lhe dar um terrível castigo. O jeito é procurar o conselho de Tirésias. Tirésias, apesar de cego, tinha o dom de adivinhar o futuro.
Antes que Liríope chamasse por ele, Tirésias gritou lá do quintal onde regava tranquilamente suas plantinhas:
– Entre, querida! Estou aqui nos fundos! – e Liríope obedeceu.
– Tirésias, você sabe como é aflita a alma de uma mãe... E meu filho...
– Ah, Narciso, Narciso! – foi adivinhando o velhinho. Já perdi a conta das jovens que vêm até aqui para saber se vão se casar com ele.
– E o que vê, Tirésias? Diga-me sem rodeios – apressou-se Liríope.
– As notícias que tenho não são lá muito boas...
– Oh, por Zeus que está no Olimpo, o que é?
– Vejo Narciso correndo perigo de vida, mas nada posso fazer. Meu único conselho é que ele nunca veja sua própria imagem – concluiu Tirésias.
A pobre mãe foi embora ainda mais preocupada que antes. A partir de então, Liríope tentava de todas as
formas impedir que seu filho se afastasse dela.
Um dia, porém, sem que ela percebesse, Narciso saiu para caçar e perdeu-se na floresta.
– Alguém pode me ouvir? – gritava Narciso.
– Ouvir...vir...irr... – foi a resposta que teve.
Narciso logo descobriu que se tratava da ninfa Eco. Apaixonada por Narciso, nunca conseguia declarar seu
amor pelo jovem.
Isto porque Eco fora castigada pela deusa Hera, esposa de Zeus, por ficar contando várias histórias para distraí-la, enquanto Zeus aprontava das suas.
Hera, então, condenou-a a passar a vida inteira repetindo sons, sem poder falar o que pensava ou sentia.
Quanto a Narciso, ela bem que tentou expressar-se por gestos, mas ele não lhe dava a menor bola. Então, Eco passou a seguir o jovem por todas as partes sem se deixar ver.
Percebendo que Eco o seguia, Narciso encorajou-a, dizendo:
– Eco, venha até aqui. Não consigo chegar até você.
Ao ouvir o convite de Narciso, Eco correu em sua direção para dar-lhe um terno abraço. Porém, quando Narciso a viu, desviou-se rapidamente dizendo:
– Não toque em mim. Se rejeitei até mesmo uma princesa que vive no luxo e na fartura, imagine você, que vive no meio do mato, de pé no chão.
– Mas há uma coisa de que gosto em você – disse ironicamente Narciso. É quando você repete meu nome e as palavras que digo a meu respeito. Vamos lá, Eco, diga: Narciso é lindo...
– Narciso é lindo...lindo... lindo – dizia Eco, mesmo sem querer.
– Ai, eu poderia ficar ouvindo estas palavras o resto da tarde, mas não posso. Por isso, Eco, vá embora e pare com esta mania de me seguir, pois se tivesse que escolher entre viver e ter de amar uma ninfa horrorosa como
você, ainda preferiria morrer.
– Morrer... rer – repetiu Eco chorando, desconsolada, e correndo sem destino.
Parou de repente num local afastado e lá ficou muito tempo sem se alimentar e sem beber. Só sabia chorar e se lembrar das amargas palavras de Narciso. Os passarinhos ainda cantavam alegres melodias para fazê-la sorrir, mas de nada adiantou. Eco foi emagrecendo e tornando-se cada vez mais dura e fria. Aos poucos, foi escurecendo e nem mais parecia a bela ninfa, mas uma pedra insensível que acabou virando uma solitária caverna.
Narciso, quando ficou sabendo do ocorrido, não deu a menor importância.
– Pelo menos, sendo uma caverna, ela não mais me seguirá por todo o canto... Como era chata!
A deusa Nêmesis, que representava a vingança e punia os maus, não pensava como ele.
– Vi com meus próprios olhos o que aconteceu a Eco. Quanta insensibilidade!
A deusa pensou, pensou e concluiu:
– Narciso se apaixonará perdidamente por alguém, mas saberá que este amor é impossível e, por isso, sofrerá muito. Sem desconfiar de nada,
Narciso passeava calmamente pela floresta, quando começou a sentir muita, muita sede. Foi até o rio e, ao abaixar-se para beber água, viu ali uma belíssima imagem que o deixou tonto.
– Quem é você? – perguntava o jovem, batendo as mãos na água.
Narciso estava tão apaixonado que nem teve tempo de perceber que era seu próprio reflexo! Mergulhou em busca de seu amor e nunca mais voltou.
Naquele local, nasceu uma belíssima flor que até hoje é conhecida pelo nome de Narciso.

COMPREENSÃO DO TEXTO

Vamos responder às questões propostas?

1. Transcreva do texto as características de Narciso. Destaque as palavras (adjetivos) utilizadas nesta caracterização.

2. O trecho do quarto parágrafo “Quando se está amando, os dias tornam-se mais alegres e tão mais felizes”! A vida ganha um colorido especial!” constitui um fato ou uma opinião? Justifique a sua resposta.

3. O que Narciso quis dizer com a frase “– Pois então, minha vida mais parece um arco-íris de tanto que amo!” (5º
parágrafo)?

4. Como Narciso reagiu quando a linda princesa revelou que ele seria o príncipe Narciso?

5. No trecho “– Está louca? Só estou aqui por curiosidade! Ou acha mesmo que uma belezura como eu, digno de
viver no Olimpo como um deus, vai se sujeitar a ser um mero principezinho? (18º parágrafo), qual é o propósito
comunicativo do uso do aumentativo em “belezura” e do diminutivo em “principezinho”?

6. Retire do texto o parágrafo que apresenta os pais de Narciso.

7. Os pais de Narciso, preocupados com as atitudes do filho, decidiram consultar Tirésias. Como Tirésias é apresentado no texto? Como ele auxilia o casal?

8. Qual é o propósito comunicativo do trecho “– Ah, Narciso, Narciso!” (27º parágrafo)?

9. Qual é o efeito de sentido da construção “– Ouvir...vir...irr...? (35º parágrafo)?

10. Por que a ninfa Eco fora condenada a apenas repetir sons?

11. Qual é o sentido da expressão destacada do trecho “Quanto a Narciso, ela bem que tentou expressar-se por
gestos, mas ele não lhe dava a menor bola.” (39º parágrafo)?

12. Em um momento da narrativa, Narciso é irônico com Eco. Retire do texto o trecho que expressa esta ironia.

13. Narciso foi insensível aos apelos de Eco. A forma como tratou a ninfa teve consequências para ambos. Quais
foram estas consequências?

14. Qual é o efeito de sentido da construção “– Narciso é lindo... lindo... lindo”? (45° parágrafo)

15. Qual é o efeito de sentido da repetição dos termos nos seguintes trechos:

a – “A deusa pensou, pensou e concluiu:” (54° parágrafo)

b - Sem desconfiar de nada, Narciso passeava calmamente pela floresta, quando começou a sentir muita, muita
sede. (56º parágrafo)


Pesquise sobre a flor narciso – cores, regiões de origem, época em que floresce. Associe, ao mito de Narciso, o fato de seu caule inclinar-se antes do nascimento da flor, pendendo de forma que a flor fique virada para baixo.