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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Análise de um episódio da infância

Em observação e análise da poesia “Aprendendo a viver” de Herman Melville, reportei-me a minha infância, precisamente quando tinha quatro anos. Minha mãe separou do meu pai e isso foi difícil, aliás, muito difícil. Tive que aprender a conviver com a dor da saudade muitos anos a fio, mas aprendi. Aprendi também que, às vezes, para nós filhos é ruim a separação, mas muito pior seria ficarmos juntos, pois meu pai era alcoólatra e me batia muito. Isso na minha vida foi o mais difícil.
Em contrapartida foi muito fácil conviver com meus irmãos, minha mãe e minha avó, porque o amor, carinho e amizade deles fizeram eu caminhar com mais facilidade. O estudo foi fácil, a vida foi fácil. Com isso aprendi a ser solidária com as pessoas, a entender o sofrimento alheio, uma vez que eu sabia o que era sofrer. Aprendi a ver o mundo, não com olhar de traumas, mas de amor e passei a observar melhor as pessoas que eu me relacionei para não cair no erro de meus pais.
Com tudo isso, eu tive e tenho até hoje um sentimento de perda muito grande que gerou o sentimento de derrota. Sempre me sinto pior que os outros, claro que não revelo isso a ninguém. Sempre acho que o erro quem comete sempre sou eu, as pessoas me ofendem e eu peço desculpas, isso é para mim muito mal. Ainda não consegui aprender a me libertar desses sentimentos. Por mais que meu marido fale que eu sou uma das melhores pessoas que ele conheceu, eu não consigo mudar. 
 Contudo isso, nutro a esperança de um dia, e espero que seja logo, poder olhar todos de frente sem abaixar a cabeça ou ter medo de dizer: “basta de sofrer”, “eu sou forte”, “eu consigo”, eu posso”.

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